FAÇA PARTE DA MAIOR ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO DESIGN DE NOTÍCIAS

CANAL DE COMUNICACIÓN DE LOS DISEÑADORES DE NOTICIAS

ARGENTINA BOLIVIA BRASIL CHILE COLOMBIA ECUADOR PARAGUAY PERÚ URUGUAY VENEZUELA

Check out the SND Denver program




By Stephen Komives

The SND Denver schedule of events is now available for download at the official site of the Annual Workshop: http://www.snddenver.com.

The organizers have done an incredible job putting together three jam-packed days and nights of learning, networking and career-building opportunities. The program is still under development – 4-5 more sessions are yet to be announced. Site Chair Damon Cain, M.E./Presentation & Design at the Denver Post, reports the following highlights:

* 42 breakout sessions
* 3 all-day workshops
* 4 general sessions
* 2 roundtable discussions
* 1 live news magazine
* 1 session for first-timers
* Portfolio critiques
* Entire newspaper reviews and strategies
* A pub crawl
* Plans for a hands-on lab
* The Post’s suite at the Friday night Giants vs. Rockies baseball game
* An opening reception at a cowboy bar
* 1 mechanical bull
* 1 Pulitzer Prize
* The annual awards dinner
* And the first two beers are on us
All the details, including hotel information and a registration form, are available at www.snddenver.com. Register now!

Por dentro de la SND

Conozca el rol de la SND y sus integrantes

La Sociedad de Diseño de Noticias (SND) promueve altos estándares en el periodismo a través del diseño de noticias. Como foro internacional y fuente de información, la SND se dedica a destacar la excelencia y a fortalecer el periodismo visual tanto entre quienes ejercen esta profesión como entre los interesados en ella.

Nuestros integrantes son académicos, directores de medios, diseñadores de página, diseñadores de web, directores de arte, editores, estudiantes, fotógrafos, ilustradores, infografistas y publicistas, entre otros. Pueden ser parte de la SND todas las personas interesadas en el periodismo y el diseño.

La SND Latina busca estrechar los lazos entre los profesionales, académicos y estudiantes de toda América Latina, y se presenta como una puerta de entrada a la red mundial de diseño informativo.

La Región 12 de la SND vive una nueva fase y espera integrar profesionales y estudiantes de los vários países. Aproximar Brasil de los otros países es una propuesta de su nuevo director regional en los próximos dos años.

La SND es una gran comunidad internacional. Algunas de las regiones son capítulos autónomos, afiliados a la SND de EEUU. Acese los links abajo y conozca sus trabajos:

SND-DACH Alemania, Austria y Suiza; países de habla alemana.
SNDS Escandinavia y países nórdicos.
SND-E España, Portugal y países del Mediterráneo.
SND-FR Francia, Quebec y países de habla francesa.

Las actividades y los beneficios de ser membro de la SND

- Conferencia, exhibición y taller anual de diseño de noticias, el encuentro más importante de la SND. El próximo ocurrirá en Boston del 11 al 13 de octubre.
- Cursos cortos de un día en diferentes ciudades del mundo sobre Diseño de noticias básico, Diseño de avisos, Infografía y Nuevos medios (web).
- La competencia de diseño de noticias “Lo Mejor del Diseño de Periódicos” ™, está abierta a todos los diarios y periódicos del mundo, y los trabajos ganadores son publicados en el libro anual "Lo Mejor del Diseño de Diarios” ™ (The Best of Newspaper Design)".
- La afiliación a la SND incluye una copia del libro, además de nuestras publicaciones; la revista trimestral “Design” y el boletín mensual “Update”. Varias regiones y capítulos de la SND producen boletines online, como "área 11", de la Región 11 de la SND (México, Centroamérica y El Caribe).
- Además, la SND Foundation ofrece orientación profesional, becas y pasantías para estudiantes de periodismo, comunicaciones y diseño interesados en la presentación de las noticias.

Incorpórese/Seja membro/Signup here
https://www.snd.org/contacts/members.lasso?function=signup

Como funciona o trabalho do júri do concurso The Best of Newspaper Design


A neve emoldura o concurso da SND. Fotos Léo Tavejnhansky.





Os melhores jornais do mundo são escolhidos, anualmente, nos dias frios de fevereiro nos Estados Unidos. Para Steve Cavendish, editor gráfico do jornal Chicago Tribune, e membro da SND desde 1993, sua viagem anual para a neve de Syracuse, em Nova Iorque, foi diferente este ano.



Após 10 anos de participação na competição da SND como assistente dos juízes, Cavendish juntou-se a outras 26 pessoas por três dias para julgar o melhor do design.



A tarefa do grupo era eleger o The Best of Newspaper Design entre os 13.862 trabalhos inscritos de 394 publicações, representanto 46 países, e encontrar o melhor que os profissionais de jornalismo visual têm a oferecer. O grupo de Steve Cavendish selecionou vencedores para as 27 categorias da competição. Nesta entrevista, para o editor de temas sobre design do Poynter Institute of Media Studies, Cavendish antecipa alguns dos conceitos .

P - Como foi participar, pela primeira vez, como juiz:

R - Acho que foi mais cansativo ser juiz. Isso requer uma tonelada de concentração. Você não tem chance de ver muitos trabalhos de outras categorias quando você é um juiz, também. Alguém me perguntou isso em Syracuse, eu eu disse que a maior diferença foi que eu não estava proibido de comentar sobre as páginas, uma regra se você é um assistente.

Ter sido um assistente de juiz, por tantos anos, não afetou muito a maneira que julguei as páginas. Sabia o que esperar. Ver umas duzentas páginas na mesa me esperando não me chocou quando entrei na sala.



Mais de 13.000 páginas concorreram em 2006.
P - Como avaliar páginas tão diferentes?
R - Você não pode comparar as coisas. É preciso avaliar cada página pelos próprios méritos. Do contrário, você só votaria por um tipo único de página (no meu caso, o do The Guardian). Quando você entra em discussão para a medalha, há algumas comparações a serem feitas.



P - Quanto tempo se leva para avaliar cada página?
R - Estudo cada página o tempo necessário. Tive a chance de ler uma boa quantidade de matérias e analisar modelos de design e tipografia. Obviamente, não há tempo para ler tudo em todas as páginas inscritas, mas se o impacto geral da página não despertou minha atenção, é pouco provável que o quarto título me convença da qualidade.



P - Faz diferença se você já conhece a página que vai julgar?

R - Ter visto a página na web, ou em algum outro lugar, antes de julgá-la é provavelmente a maior diferença de dez anos atrás. Nos sites como Newseum, Newsdesigner.com ou sites de portfolio como newspagedesigner.com, vê-se muitos trabalho antes de chegar a o júri de Syracuse. Não acho que ter visto o material antes faz diferença. Havia algumas páginas em que eu tinha certeza que votaria, mas elas pareciam bem melhor em 200 pixels que em 11 polegadas, então não votei nelas.

P - Como você avalia o nível de qualidade dos trabalhos?

R - Chegar a um consenso das páginas vencedoras foi desafiador no sentido de que os juízes no nosso grupo precisavam estar realmente convencidos, assim houve muita discussão. Foi bem acadêmico. Honestamente, acredito que os trabalhos aumentaram o nível da competição. Os projetos são bem melhores, hoje, que há 10 anos, em média. O destaque não está mais na manchete, na foto ou na matéria. Está no todo, aquilo que é bem distribuído e é graficamente sólido ou é de uma qualidade superior, com dinamismo, que prende completamente o leitor e desperta sua atenção.


P - Que trabalho se destacou?

R - Um jornal que particularmente me surpreendeu foi o Excelsior, da Cidade do México. Achei sem dúvida o melhor material da competição. Passou de um trabalho desacreditado para ser um dos melhores design de jornal no mundo.


P - O concurso da SND precisa de mudanças como muitos designers defendem?

R - Depois de ter passado por todas as fases (concorrendo com páginas, atuando como assistente e agora julgando), não sei se deveriam ser feitas mudanças na competição. Acredito que, da maneira que está estruturada hoje, tem-se uma visão justa com relação ao melhor jornalismo visual do ano. Nunca será uma escolha perfeita ou completa, e acho um erro pensar na competição assim. Os jornais tablóides tiveram categorias próprias este ano, o que é bom porque eles são realmente diferentes em um mesmo nível de página. Não acredito que se encaminhe para a inscrição eletrônica, como alguns concursos fotográficos, principalmente porque não é dessa forma que os leitores encontram as páginas.

La experiencia de eligir las mejores propuestas

SND Latina invitó a Claudia Guillén Arruda, coordinadora de la Carrera de Comunicación y Periodismo de la Universidad Peruana de Ciencias Aplicadas (UPC) en Lima, Perú, para narrar su experiência como una de los 25 miembros del jurado en la última competencia de la Society for News Design. Para Claudia, participar del jurado fue una de las experiencias más enriquecedoras de sua vida profesional. Desde hace 8 años ella combina la parte administrativa de la Carrera con la docencia en la UPC y nos ofrece una interesnte mirada por los distintos estilos del periodismo visual.

Una experiencia inolvidable
Por Claudia Guillén Arruda

"Fueron tres días de intenso trabajo, más de 10 horas diarias. Al inicio, fue extenuante, por la cantidad de piezas que teníamos que ver. Formamos grupos de 5 personas entre periodistas, diseñadoras, fotógrafos, ilustradores y profesores. De América Latina fuimos el fotógrafo ecuatoriano Pablo Correa y el ilustrador colombiano Vladiimir Flórez, todos los demás eran en su mayoría estadounidenses. Este año se presentaron 14,818 piezas y para revisarlas nos dividieron en grupos de 5 personas, a los que se les repartió las 19 categorías.



A mi grupo le tocó las categorías con más piezas (News design sections, breaking news topics, specials new topics), por lo que revisamos 4,333 piezas, sin contar las últimas que hicimos para ayudar a otros grupos. ¿Se imaginan? He visto más diarios en tres días, de los que he podido ver en los últimos meses.

Al ver tanto, ya en el segundo día, era fácil decidir cuál valía la pena mirar de nuevo y cuál no. Así salta a los ojos algunas ideas que se repiten en los diarios que nos permiten reflexionar.

Son muchos los periódicos en el mundo preocupados por captar la atención del lector y conseguir su principal propósito: ser leídos. Algunos gritan, como los latinos y asiáticos. Tiene que ver con nuestra cultura, pero en ese grito se pierden, porque su contenido es débil y repetitivo. No reflexionan. El diseño no camina solo, esta amarrado con la propuesta, el ángulo novedoso, los titulares, la coherencia y, por supuesto, el contenido. Y eso, aunque parezca lo correcto de hacer, es difícil lograrlo. Especialmente, cuando no te alcanza el tiempo o el presupuesto, o son muy pocas las personas en la sala de redacción.

Es curioso, como se refleja en el resultado. "El ganador de este año" ha sido Los Ángeles Times por una excelente cobertura en el incendio de California, y todo el jurado (no solo mi grupo) coincidió en señalar que reflejaba coherencia y trabajo en equipo!. El diseño era simple, directo y poderoso. Unía todas laspiezas del rompecabeza, además, lo supieron mantener por varios días seguidos.

Me ha dejado una impresión especial como los periódicos americanos destacan mucho a las personas, la comunidad, la gente… (que no es periodismo ciudadano) Es importante, luego de ver tanto, como queda esa sensación de que el ser humano común y corriente tiene protagonismo, porque es el periodista quien busca esta equidad. No se notan protagonismos de clases o grupos sociales. Son cuidadosos con el equilibro entre las diversas culturas. Hay una mirada horizontal de los temas, mucho más democrática e inclusiva. Hay un respeto reconocido en el periódico, que se evidencia.

En los latinos, en su mayoría, en cambio la hegemonía la tienen los políticos, los grupos dominantes, los escándalos y las tragedias. Los ciudadanos aparecen cuando sufren alguna desgracia.

Algunos diarios respetados y reconocidos de América Latina son, en su mayoría, ordenados, conservadores y simples, pero no se arriesgan a colocar la información de manera más “publicitaria”. Es que es una tendencia en hacer de la noticia un pieza gráfica publicitaria, no debemos tenerle miedo, pero debemos tener cuidado para no caer en la exageración o la “huachafería” como decimos en Perú (o mal gusto). La competencia por el lector es grande y la puesta en escena nos demanda tiempo, reflexión y cuidado.

En general, en diseño hay abuso y clichés, uso de banderas, rompecabezas, focos, juego de dominó y monopolio, cigarros, armas, carita feliz, efectos de reflejo, etc. Sin embargo, también hay una preocupación, o una tendencia, por los espacios en blanco, la limpieza, el orden, la simpleza.

Creo que en América Latina hay mucha creatividad, que no se refleja en los diarios en su real dimensión. Porque esta creatividad está en las calles, en las tradiciones, en la gente… somos los periodistas que debemos rescatarla y plasmarla en nuestros diarios.

Una detallada clase de infografía ministrada desde Lima, Perú


SND Latina proporciona unas lecciones muy prácticas de infografía hoy. Robinson Choquetaype lleva más de 4 años haciendo su labor en Lima y aceptó la invitación también para explicar como ha producido las infografías del terremoto que abaló Perú en agosto. Ingresó como practicante al equipo de infografistas formados por el español Xabier Diaz de Cerio en el diario ‘El Comercio’ de Lima. Tiempo después fue convocado para trabajar en el área de infografías del diario ‘Correo’ y desde hace un año y medio trabaja en el diario ‘La República’. Siga el relato de Choquetaype:

"Los temas infográficos se originan en cada sección del diario o pueden surgir como propuestas del área.

Cuando la propuesta es del redactor, usualmente gráficos del día, él se encarga de conseguir la información principal. Nosotros analizamos los datos, visualizamos la información, sintetizamos los textos y proponemos algunos datos extras para enriquecer el tema. Entregamos al redactor un primer planteo gráfico en un boceto a lápiz. El planteo es aceptado y se inicia la infografía.

Cuando la propuesta es del área de Infografías, el infógrafo que propone la idea hace una investigación previa del hecho, busca datos, recopila información textual, visual y hace un primer boceto básico de como se vería la infografía y que información tendría.







Este boceto es revisado con el Editor de Infografías y luego presentado al Editor general de la redacción. Aceptado el tema, se define si el infógrafo debe viajar o salir de comisión, según sea el tema, para poder obtener información real (situarse en el lugar de los hechos, tomar medidas, hacer apuntes, bocetear) y directamente de las fuentes. En este caso, el infógrafo realiza toda la investigación periodística y luego de analizarla la visualiza gráficamente e inicia la infografía.

Luego de analizar y entender la información iniciamos el planteo visual y definimos las jerarquías de información, donde irá tal o cual texto. La idea es que la ubicación de cada elemento posea una utilidad para el lector. El uso del color es importante, así como también el uso de valores tonales. Buscamos, que nuestro colores y formas comuniquen visualmente y no se vean colocados al azar o ¨para que se vean bonito¨. La finalidad es que cuando el lector inicie la lectura de la info ‘no se pierda’ y sepa por donde leer y hacia donde ir, como si la infografía tuviera una guía visual casi invisible.

Luego de definir el planteamiento de la infografía, decidimos el tratamiento: vectorial, a lápiz o fotográfico, todo depende del tema a infografiar y el tiempo de cierre de edición. Listos manos a la obra.




El manejo de la información y la comunicación visual con el lector son las cosas más importantes para crear un infográfico. Lo principal es entender bien los hechos noticiosos, ya sea un confuso accidente o un complicado cuadro estadístico. Lo ideal es leer bien los datos, analizar, y hacer todas las preguntas posibles al redactor o a las fuentes hasta lograr entender claramente toda la información y su contexto. Sólo así se puede transformar un hecho difícil de entender en un gráfico didáctico que ayude al lector.

Para el dibujo utiliza mano alzada y programas de mac como el Illustrator CS2 y el Photoshop CS2. Algunas veces también utilizamos el Poser y el Lightwave 3D. Antes de recurrir a la Mac consideramos que lo más importante es el planteo y el boceto inicial con lápiz y papel.




Actualmente el Área de Infografías de 'La República' esta integrado por 4 infógrafos y una colaboradora: Manuel Cárdenas (Editor), Orlando Arauco, Alejandro Alemán y Robinson Choquetaype".




INFOGRAFÍA DESDE LA ZONA DEL TERREMOTO

15 DE AGOSTO. Terremoto en el Perú. Actualidad inmediata. 6:40 pm. Luego del feroz remezón y el susto en la redacción tuvimos que sobreponernos y empezamos una nueva edición, la edición extraordinaria sobre el terremoto en Pisco.


19 DE AGOSTO. Pasó el sismo, o al menos las réplicas eran menores en Lima. Ya habíamos graficado didácticamente los epicentros, el por qué de los sismos y las cuantiosas pérdidas humanas y materiales. En nuestra área de infografía pensamos que hacía falta otro ángulo, uno más humano y que no reincida en la tragedia, sino más bien en lo rescatable.

PROPUESTA Y PLANTEAMIENTO DEL TEMA:
Días después del sismo, luego de ver por televisión tantas imágenes deprimentes, ví también a mucha gente ayudando y hasta arriesgando sus vidas por salvar la de otros, ese debía ser el tema: el valor de estos hombres y mujeres que desinteresadamente viajaron desde muy lejos solo para ayudar. Ellos con sus diversas técnicas de rescate, con su valerosa y abnegada labor inspiraron esta infografía. Propuse el tema con un boceto inicial a Manuel Cárdenas, editor del área de Infografías y luego al subdirector del diario. Estaba decidido, debía ir al lugar, solo así podría conocer el trabajo in situ de cada una de las brigadas.

20 DE AGOSTO. Viajé de madrugada a Pisco, la zona más afectada, y no exagero cuando escribo que la tierra aún temblaba por las constantes réplicas, hice múltiples apuntes y bocetos, hablé con los brigadistas, tome muchas fotos, respiré el aire fúnebre y también generoso de muchos voluntarios peruanos y extranjeros. Listo. Regresé por la noche a Lima y al día siguiente inicié la infografía del rescate que enseño abajo.



Jeff Goertzen: Pesquisa é fundamental para produzir um infográfico de qualidade



O californiano Jeff Goertzen é internacionalmente conhecido, em todos os meios, como guru da infografia há mais de 25 anos. Depois de dirigir vários departamentos de Arte, nos EUA e Espanha, e atuar intensamente como consultor de infografia, em mais de 70 redações em todo o mundo, ele não se cansa de ensinar a relevância da informação de qualidade, combinada com a ilustração para informar melhor através da infografia. Jeff atualmente trabalha no The Denver Post, no Colorado, e sua equipe de Arte acaba de ganhar dois prêmios de infografia, um de portfólio geral e outro individual, na categoria No Breaking News do concurso deste ano. Jeff encontrou tempo para responder algumas perguntas e apresentar os trabalhos premiados pela SND.

SNDL - Como o infografista deve fazer a pesquisa para um infográfico?

Jeff - Pesquisar bem as informações é fundamental. Sem boa informação, você não tem gráfico. A maior parte dos departamentos gráficos que eu trabalhei pelo mundo afora não fazem sua própria pesquisa para os infográficos. Nós não estamos no negócio para ser apenas artistas gráficos, nós somos jornalistas gráficos. Mas a maioria dos artistas não trabalha como verdadeiros jornalistas. Frequentemente você vê repórteres sentados em suas mesas esperando a informação cair na sua frente para escrever suas histórias. Isto é ridículo! Mas esse é o jeito em que a maioria dos artistas gráficos trabalha. Nós precisamos ser inovadores, ativos, e não esperar as informações chegarem até nós. Nós precisamos sair à luta e conseguir estórias para os gráficos. Quando eu cheguei ao The Denver Post como editor gráfico, a primeira coisa que eu fiz foi dar a todos os artistas o título de jornalista gráfico. Eu deixei claro para todos que a partir daquele momento nós íamos gerar nossa própria informação para os gráficos, quando possível, e escrever nosso próprio texto. Foi difícil para alguns aceitarem, mas é um procedimento padrão para todos nós agora.



P- Qual a importância de ter boas fontes e até visitar o site do evento ou fato?

R - Quando se vai às fontes, eu tenho uma regra simples. Eu quero informação de primeira-mão em nossos gráficos. Eu não quero pegar em off, textos da internet ou ouvir sobre alguma coisa em segunda mão. Eu quero falar com a fonte original. Se os meus artistas encontram informação na internet, eu quero que eles liguem para a fonte que pôs a informação no site e conversem com ela pessoalmente. Se há um acidente ou um tiroteio, quero que meus artistas se dirijam até a cena para descobrir, com testemunhas ou fontes policiais, o que realmente aconteceu. Nós trabalhamos com exatidão. E exatidão é o mesmo que credibilidade. Sempre conseguir informação de primeira-mão e creditar todas as suas fontes no gráfico. Sem exceções.




P- A solicitação e o esboço devem ter que ingredientes (melhor um desenho simples, combinação com imagens, ou uma mescla dos dois)?

R - Quando é preciso ilustrar um gráfico, eu escolho um estilo de desenho que funcione melhor com o tema. Existem casos em que o desenho à mão pode aderir melhor à dinâmica de um gráfico do que um desenho em 3-D. Algumas vezes fotografias podem funcionar melhor. Eu já usei fotos com ilustrações. Você pode usar qualquer combinação, desde que faça corretamente. Tudo depende do tema. No The Post, nós fazemos todo o tipo de estilos. Uma coisa que eu exijo de todos os meus artistas é esboçar idéias antes de ilustrar o gráfico.

P- Que cuidados devemos tomar ao redigir um texto (clareza, precisão, repetição do texto principal)?



R - O texto é provavelmente a parte mais negligenciada e difícil do gráfico, e é igualmente importante às imagens que ilustramos. A primeira regra que tenho em relação ao texto é mantê-lo curto. Ao todo, nossos gráficos têm em torno 30% de texto e 70% imagem gráfica.
Todos os nossos gráficos têm três tipos de texto:

a) A cabeça: Alguma coisa que seja inteligente e consiga captar a atenção dos leitores e faça com que eles queiram ler o gráfico.
b) A introdução: é o destaque da estória que transita dentro do que o gráfico está explicando
c) O texto gráfico: estes são os blocos de texto que nós usamos para carregar o leitor pelo gráfico. Este texto precisa ser curto, com uma ou duas frases.

Nunca use texto para preencher espaços vazios nos gráficos. Não use palavras extravagantes. Mantenha simples e conciso. Sempre deixar o texto dar suporte ao gráfico, não dominá-lo.

P - Como se combina o layout da página e o infográfico?


R - Um design ruim de uma página arruína um bom gráfico. A boa integração dos gráficos com as páginas é crucial e o designer da página pode ser o melhor amigo do jornalista gráfico. Quando nós fazemos um gráfico no The Denver Post, primeiramente nós tentamos decidir se o gráfico vai ser a principal arte na página. Se este for o caso, nós sempre fizemos um esboço de como nós gostaríamos que a estória e o título funcionassem com o gráfico, para assegurar que o gráfico vai ter uma boa exposição. Mas nós sempre falamos sobre o assunto com o design da página. Uma coisa importante para lembrar é comunicar ao designer o mais rápido possível.

P - Qual é a função do repórter, do editor e da pesquisa junto ao infografista na execução?

R - Nós gostamos de fazer nossa própria pesquisa para os gráficos, assim os repórteres e editores podem trabalhar melhor suas histórias. Frequentemente, os repórteres nos passam suas fontes e nós podemos telefonar para elas nós mesmo. Então existem vezes onde eles estão mais dispostos a nos ajudar com a pesquisa. Mas se o repórter está procurando em banco de dados ou relatórios financeiros, onde eles baseiam suas estórias nas estatísticas em que encontraram, é lógico que eles nos forneçam informações para os gráficos. Pode também haver vezes quando nós não podemos presenciar a cena, então telefonamos para o reporter, em seu telefone celular, para que ele trabalhe com o fotógrafo e consiga nos trazer qualquer detalhe visual que ele conseguir. Mas esta é a última opção. Nós todos trabalhamos juntos, como uma equipe, com repérteres e editores.


P - Qual é a função da cor para a eficácia da comunicação do infográfico?

R - Cor é um elemento fundamental para fazer a imagem visual acontecer. Cartas e mapas simples não perdem muito em preto-e-branco. Mas quando você trabalha com diagramas e ilustrações mais complicados a cor adiciona muita dinâmica ao gráfico. Eu também uso cor para mover os olhos dos leitores para o fundo ou para dar importância para alguns elementos do gráfico em particular. Minha regra é usar cores suaves para o fundo e cores dominantes para os elementos gráficos. Vermelho, eu uso para movimentar os olhos na diagonal ou como um ponto quente para chamar atenção. No The Denver Post, nós raramente temos cor dentro do jornal. Cor é somente nas capas das seções. Então, quando nós temos uma solicitação gráfica, nós estamos sempre competindo contra a fotografia e nós tentamos fazer nossos gráficos mais dinâmicos e informativos possível.



P - Como deve ser a correção e revisão do dados por um especialista?

R - Nós trabalhamos como um time no The Denver Post, e todos são envolvidos – do jornalista gráfico ao editor – para nossos gráficos serem conferidos. Todos os nossos gráficos passam por um processo de edição formal antes de ir para a página. Quando o material está pronto, eu o reviso para ter certeza de que todos os textos e imagens gráficas estão corretos. Com o material da fonte original anexado ao gráfico, segue para o repórter e para a editoria., Assim eles podem tirar a prova e ter certeza que coincide com a matéria. Eles fazem a correção, assinam e devolvem o gráfico ao departamento de arte.

P - Qual a importância da cultura visual dentro da Redação?

R - Você pode ter departamentos gráficos que tem potencial para fazer os melhores gráficos do mundo, mas se você não tem uma equipe de jornalistas que vai trabalhar como um time, talvez você nunca veja seu melhor trabalho publicado. Eu trabalhei com mais de setenta redações ao redor do mundo e nunca vi nenhuma ainda que seja visualmente culta. Quando eu cheguei pela primeira vez no The Denver Post meu objetivo principal foi me tornar o melhor amigo dos integrantes da Redação e ensiná-los a pensar visualmente. Isso significou muitas pausas para o café para discutir idéias. Todos os departamentos gráficos deveriam fazer de sua prioridade tornarem-se aliados dos profissionais de texto da Redação. Fale a eles o quanto você gosta da sua matéria, Complemente-o. Discuta com eles as idéias sobre gráficos que você tem que possam se tornar boas matérias. Você ficará surpreendido com o quanto isso funciona bem.